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Nº Nacional de Emergência 112 |
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O Plano Familiar de Emergência
O plano familiar de emergência é elaborado tendo em vista prevenir os acidentes que possam pôr em risco os membros da família e/ou os seus bens. O cidadão deve conhecer os perigos de maior probabilidade de ocorrência na área do seu domicílio e nos locais de trabalho e de lazer, tendo sempre presente de que os acidentes graves ou as catástrofes normalmente acontecem de surpresa. Antes da emergência - medidas preventivas
Não se esqueça que este Plano de Emergência deve incluir a localização de dois pontos de encontro da família, numa situação de emergência: um local fora de casa, a uma distância segura, e outro fora do local da residência, em caso de ficar impossibilitado de regressar a casa (é uma probabilidade real durante o dia, já que a maioria dos adultos está a trabalhar e os filhos estão na escola). Tenha também presente que, para a eventualidade da sua família poder ficar separada durante um acidente grave ou uma catástrofe, deve utilizar um ponto de contacto entre os seus familiares e amigos (assegure-se de que todos sabem o seu nome, morada e telefone). Um passo importante é colocar, de forma visível, junto ao telefone, os números de emergência: 112, bombeiros da localidade, polícia, serviços de saúde, Centro de Informação Anti-Venenos, escola dos filhos, médicos de família, companhia de seguros, Serviço Municipal de Protecção Civil e ter a certeza de que cada um sabe utilizar correctamente o número de emergência 112 Ensine aos membros da sua família, incluindo as crianças, como se fecha as torneiras de segurança do gás, da electricidade e da água; No Plano Familiar de Emergência deve ter em conta a realização de uma inspecção a toda a casa à procura de potenciais riscos, com a execução de acções relativamente simples, tais como:
ARTIGOS DE SOBREVIVÊNCIA
Não se esqueça de, periodicamente, substituir as reservas de água, assim como os alimentos antes do fim do prazo de validade. Verifique e substitua as pilhas do rádio e da lanterna. ESTOJO DE EMERGÊNCIA
OUTRAS MEDIDAS PREVENTIVAS
ANIMAIS DOMÉSTICOS
Em caso de evacuação, leve-os consigo. Se tal não for possível, liberte-os e deixe-lhes água e alimentos em quantidades suficientes para três dias. Durante e após a emergência Proceda em conformidade com as medidas de protecção recomendadas para o risco a que está exposto. Avalie, de forma racional, a gravidade da situação. Mantenha a calma e o bom senso, o que lhe prestará uma preciosa ajuda, a par da adopção das medidas de autoprotecção adequadas. Desta forma, ficará mais apto a lidar com a adversidade e, consequentemente, aumentará a sua protecção e a dos outros. Estes são alguns procedimentos gerais em caso de acidente grave ou catástrofe:
Verifique se os vizinhos, em particular as crianças, os mais idosos e os portadores de deficiência, necessitam de ajuda. Para pedir socorro, utilize o número de emergência 112 . Em caso de evacuação Saia imediatamente, se tal lhe for pedido pelas entidades responsáveis. Se tiver a certeza que tem tempo:
Se tiver a certeza que ainda tem tempo, junte num estojo de emergência o seguinte material a levar consigo:
Reuna os artigos num saco de maneira a serem facilmente transportados. Regresse só quando os bombeiros ou outras entidades competentes o aconselharem. Reacções emocionais pós emergência
As reacções emocionais podem manifestar-se através de choque, medo, raiva, culpa, vergonha, sensação de desamparo e impotência, sentimento de vazio, embotamento dos afectos e diminuição de interesse de várias actividades. No plano cognitivo, pode haver confusão, desorientação, indecisão, diminuição da atenção e lapsos de memória. A tensão, fadiga, insónia, dores, náuseas e perturbações do apetite podem manifestar-se no campo físico. Ao nível do relacionamento interpessoal, podem surgir comportamentos conflituosos, problemas no trabalho ou escola, sentimentos de abandono e rejeição. Alguns factores inerentes aos acontecimentos em si são particularmente traumáticos, nomeadamente quando há perigo de vida ou prejuízo físico, exposição a mortes por causas violentas, extrema destruição ou violência humana, perda de casa e de valores, perda de vizinhos ou da comunidade, assim como do suporte social por eles cedido, extrema fadiga, exposição a condições climatéricas desfavoráveis, privação do sono, etc.. Em casos extremos, um acidente grave ou catástrofe pode provocar uma ruptura no projecto de vida pessoal e/ou profissional agravada por perdas financeiras, morte ou doença de alguém com quem se mantinha relações afectivas privilegiadas. Há que fazer ajustamentos a mudanças radicais no projecto de vida. Há que fazer o luto pelas perdas, reparar ou reconstruir a casa, encontrar novo emprego, adaptar-se a incapacidade física, lidar com os problemas familiares e aprender a falar sobre as suas experiências e sentimentos. Exprima os seus sentimentos, falando sobre o que aconteceu e o que o perturba. Se os sintomas persistirem ou forem muito intensos, não hesite em recorrer a apoio profissional. AS CRIANÇAS E AS SUAS REACÇÕES EMOCIONAIS De acordo com o seu grupo etário* , as crianças manifestam diferentes reacções a um determinado acontecimento traumático. De um modo geral, elas temem que haja repetição da situação, que alguém fique ferido ou morra, de ficarem separados da família ou sozinhos. A forma como o adulto reage a um determinado acontecimento condiciona o sentir e agir das crianças. Se manifestar alarme, as crianças podem tornar-se mais assustadas. Elas vêem em si a prova de que o perigo é real. Se os adultos sucumbem aos sentimentos de perda, as crianças também a sentem mais intensamente. O medo é natural, tanto para crianças como para adultos, no entanto, como adulto, tem a responsabilidade de manter o controlo da situação e de lho transmitir. Quando estiver seguro de que o perigo passou, concentre-se nas necessidades emocionais das crianças. As crianças dependem de rotinas diárias: acordam, tomam o pequeno-almoço, vão para a escola, brincam com os amigos. A sua interrupção pode ser motivo suficiente para as tornar ansiosas. Após o sinistro, é importante o retorno às rotinas. Inclua-as nas actividades de restabelecimento da situação, de forma a que, através delas, se sintam úteis e interiorizem que o quotidiano vai regressar à normalidade. Dentro do possível, logo após o sinistro, tente manter as crianças junto de si, mesmo quando pareça mais razoável deixá-las com alguém. Elas podem tornar-se ansiosas por pensarem que não voltará. Calma e firmemente, explique-lhes a situação e o que vai acontecer de seguida, pois elas terão tendência a temer menos o que conhecem e compreendem. Quando os problemas são mantidos encobertos e não são falados abertamente, elas podem interpretar tal como significando que algo de terrível se passa e, frequentemente, pior do que na realidade o é. Alguns medos são fruto da imaginação, contudo, o sofrimento é real, pelo que deve levá-los a sério e ajudá-las a separar o real do irreal. Incentive-as a exprimir o que sentem, encorajando-as a falar e a fazer perguntas. Quanto mais pequenas, melhor se expressam através do desenho e do jogo. A alteração de comportamentos é bom indicador de que as crianças foram afectadas pelos acontecimentos. As mais pequenas podem apresentar comportamentos regressivos, como seja voltar a chuchar no dedo, deixar de controlar os esfíncteres ou pedirem para serem lavados ou vestidos quando já o faziam sozinhas. Crianças e adolescentes têm reacções normais a acontecimentos de vida anormais que, muitas vezes, representam perigo real. Podem manifestar-se imediatamente a seguir ou após vários dias ou mesmo semanas. Na maioria das vezes os sintomas desaparecem depois de fazerem o reajustamento ao quotidiano. Todavia, se os sintomas persistirem ou forem muito intensos, não hesite em providenciar-lhes acompanhamento profissional. Grupo etário As reacções das crianças e adolescentes às situações traumáticas são condicionadas por vários factores. São afectadas pela exposição directa aos acontecimentos e à repercussão destes nas suas vidas. Se, por exemplo, viveram uma situação violenta, se um membro da família morreu ou ficou seriamente ferido e/ou a escola ou casa ficaram destruídas, há grande probabilidade de as crianças ou adolescentes não ficarem imunes aos factos. Os adultos podem contribuir para a diminuição do sofrimento, ouvindo-as pacientemente e tolerando os seus sentimentos. Um outro factor condicionante das respostas é a idade, pelo que o adulto deve utilizar palavras que ela consiga entender, assim como ter a sensibilidade para compreender o significado das diferentes respostas comportamentais. Na fase pré-verbal, as crianças não dispõem da palavra para descrever os seus sentimentos. Podem reagir ao acontecimento traumático exigindo maior atenção, tornar-se mais irritáveis, chorar e apelar para serem mimadas e abraçadas mais do que é habitual. Cerca dos 2 aos 6 anos, em idade pré-escolar, frequentemente, sentem-se desamparadas e incapazes. A sua idade e pequena estatura impedem-nas de se protegerem a si ou aos outros. Como resultado, sentem intenso medo e insegurança. Ainda não têm noção de perda permanente, vêem as consequências como sendo reversíveis (ex: morte). Podem sentir intensamente a perda de um brinquedo, animal de estimação ou de um familiar. Se o acontecimento em si não a afectou, por outro lado, a reacção dos pais e familiares, geralmente, afectam-nas profundamente. Por volta dos 8 aos 10 anos já têm noção de perda permanente. Algumas tornam-se muito preocupadas com detalhes dos acontecimentos e querem falar sobre o assunto insistentemente. Esta preocupação pode interferir com a concentração e os resultados académicos ficarem prejudicados. Podem manifestar uma grande variedade de reacções como sejam culpa, sensação de que falhou em algo, raiva por o acontecimento não ter sido previsto, fantasias onde tem o papel de salvador. Da pré adolescência até à adolescência, há uma combinação entre comportamentos infantis e adultos, e, à medida que crescem, as suas respostas vão aproximando-se das dos adultos. As reacções dos seus pares adquirem especial significado, pois elas precisam saber que os seus medos são apropriados e partilhados pelo seu grupo etário. Um sobrevivente pode manifestar um sentimento de imortalidade. Um adolescente pode envolver-se em comportamento de risco, tal como condução perigosa ou ingestão alcoólica. Por outro lado, pode tornar-se receoso em sair de casa, o mundo pode parecer demasiado inseguro e perigoso. |
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